Mate, Copla e Campo.
Mate, Copla e Campo.
Quando venho de prá meu
galpão há saudade se vem de tiro,
me faz ter frio e me emponchar .
Matea junto comigo, e me mostra
um sorriso na luna.
Escrevo uma copla singela
num pedaço de papel do embrulho.
Miro longe, o pingo bueno
pastando na sua silueta
no meio do pasto escuro.
Talvez nem sinta saudade
de que mira em uma janela
há luna também.
Num sorriso largo, hora
que estampa há face,
noutro se perde na sua saudade.
Ajeita o lenço, tira as garras
lava o rosto e o tempo.
Passa ao tranco.
Uma milonga, se abre em cancha
no radio num canto do galpão,
há velha solidão perto do fogo
me mira com olhos de agora.
Prá me tomar o mate mirando
uma luna que me deixa,
bem perto.
Depois de um dia de lida e rodeio,
delongas em porfia,
Num mate longo com um beijo
guardado na bomba.