Pelo vento, e no olhar

O vento trouxe de tiro o cheiro de flor.

Trouxe de tiro um beijo guardado

por seu meio.

No tranquear das horas

com pindo escorrendo suar na peiteira,

mira no horizonte o sorriso.

Nas léguas que se desenham

nas invernadas, que no custo da lida

se fica longe dos ranchos.

Ao longe na polvadeira que se levanta

sob o pasto.

Sobe na cerca dos olhos

pingo da alma.

Que mira longe coplas, e um cariño

que me mira com olhos de luzeiros,

e cheiro de campo em flor.

Que os pingos vão tranqueando

tangendo a ponta que se vai

pelo largo do aramando, na pressa

que tem.

Nisso um novilha se desgarra

Me largo erguendo polvadeira,

prá os lados.

Prá depois da lida num pinho

manso se perder com a alma

colocando em frente aos teus

olhos.

Ginete
Enviado por Ginete em 02/04/2009
Código do texto: T1519254
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