Pelo vento, e no olhar
O vento trouxe de tiro o cheiro de flor.
Trouxe de tiro um beijo guardado
por seu meio.
No tranquear das horas
com pindo escorrendo suar na peiteira,
mira no horizonte o sorriso.
Nas léguas que se desenham
nas invernadas, que no custo da lida
se fica longe dos ranchos.
Ao longe na polvadeira que se levanta
sob o pasto.
Sobe na cerca dos olhos
pingo da alma.
Que mira longe coplas, e um cariño
que me mira com olhos de luzeiros,
e cheiro de campo em flor.
Que os pingos vão tranqueando
tangendo a ponta que se vai
pelo largo do aramando, na pressa
que tem.
Nisso um novilha se desgarra
Me largo erguendo polvadeira,
prá os lados.
Prá depois da lida num pinho
manso se perder com a alma
colocando em frente aos teus
olhos.