Dando rumo prá o pingo
De longe via cruzando pelo corredor,
indo ao tranco hora ao trote.
Mais um no cruzo, só se via um sorriso
largo na estampa.
Dando boca prá um pingo negro
no suor que escoria da peiteira,
com um coração no centro
sobre os encontros.
Sofrenou no bolicho.
Charlou pra o pulpeiro.
- nem apeio, há demora é pouco!
Me arruma um maço de flor colorada,
que gastei há semana no posto
prá hoje ir ver um sorriso na janela.
Num upa, o pulpeiro areglou
E o índio largou num tração
ligeiro.
Polvadeira erguida no lombo do corredor,
que fica há imagem prá quem mira.
na distancia do posto até há vila
se vai num upa.
No suor do pingo, larga o tranco
e toca há alma por diante
pela frente indo na culatra.
De longe um sorriso de luna
que se vem pelo largo do corredor.
O tempo vai num upa prá alvorada
e há cada cariño se pensa em não
ir mais prás casas.
No tranco manso e bueno do pingo
se volta mirando estrelas.