Dando rumo prá o pingo

De longe via cruzando pelo corredor,

indo ao tranco hora ao trote.

Mais um no cruzo, só se via um sorriso

largo na estampa.

Dando boca prá um pingo negro

no suor que escoria da peiteira,

com um coração no centro

sobre os encontros.

Sofrenou no bolicho.

Charlou pra o pulpeiro.

- nem apeio, há demora é pouco!

Me arruma um maço de flor colorada,

que gastei há semana no posto

prá hoje ir ver um sorriso na janela.

Num upa, o pulpeiro areglou

E o índio largou num tração

ligeiro.

Polvadeira erguida no lombo do corredor,

que fica há imagem prá quem mira.

na distancia do posto até há vila

se vai num upa.

No suor do pingo, larga o tranco

e toca há alma por diante

pela frente indo na culatra.

De longe um sorriso de luna

que se vem pelo largo do corredor.

O tempo vai num upa prá alvorada

e há cada cariño se pensa em não

ir mais prás casas.

No tranco manso e bueno do pingo

se volta mirando estrelas.

Ginete
Enviado por Ginete em 29/03/2009
Código do texto: T1511876
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