Almas de Campo
Me lembro dele me ensinando ha muntar
E no moirão me lembro dele
gritando longe prá me afirmar
hoje miro o miorão sem ninguem
Mas acredito que virou uma estrela andarilha.
que por lá me mira, mais uma que campo fora
lida solito.
Escreve em uma milonga
que o som, que se vai galopeando
por os ventos, prá no galpão dos céus
um que matea ouvir.
Uma copla, que vai ser andarilha,
recorre há estância e na estampa
da tarde, se vem prá meu pinho.
Lembrando de ontem.
De almas de campo.
Que charlavam coplas pelas
esporas e na boca do potros.
Mirando as estrelas, as vezes
uma se desgarra talvez seja alguma de campo.
Que salta calando por as ivernadas
dos céus.