Por Esse Nome, Te Guardo

morena do pelo escuro iguala ha noite

mas no campo escreve pelas patas

mas corta o lombo do corredor

prá rever o sorriso na janela da vila

Quando ato um laço pelo tentos

dos meus bastos, e me ajeito nas garras

na certeza sei, que essa morena

que larga pelo campo encurta o espaço.

O touro ganha o mundo,

pelo meio do verde que se estende.

E num atropelo sem precisar mostrar

o rumo levanta capim e torão.

Prá quando for hora saber

só no deitar do corpo abrir e sofrenar

prá ver o tombo.

Depois quando há luna vier

quinchá do oitão do céu.

Campear rumo prá os lados

da vila.

Gastando léguas por o corredor

que desenha estrelas.

Onde nas barbelas se dá o rumo.

As esporas talareando no vento,

e um sentimento prá largar na boca.

Uma morena na janela mira longe

o corredor.

Num sorriso que se mostrar no canto

do rosto, de quem vem na estrada

que escondeu um beijo no canto da boca.

Que na escrita do cinzel dos cascos

de égua preta, que por respeito

e cariño ganhou nome de morena.

Prá sempre se lebrar das morenas

e de uma que mira o corredor.

Que pela pampa larga

na boca e no suor escorre do peito.

Leva até onde mora o

bem querer.

Ginete
Enviado por Ginete em 28/03/2009
Código do texto: T1511387
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