Por Esse Nome, Te Guardo
morena do pelo escuro iguala ha noite
mas no campo escreve pelas patas
mas corta o lombo do corredor
prá rever o sorriso na janela da vila
Quando ato um laço pelo tentos
dos meus bastos, e me ajeito nas garras
na certeza sei, que essa morena
que larga pelo campo encurta o espaço.
O touro ganha o mundo,
pelo meio do verde que se estende.
E num atropelo sem precisar mostrar
o rumo levanta capim e torão.
Prá quando for hora saber
só no deitar do corpo abrir e sofrenar
prá ver o tombo.
Depois quando há luna vier
quinchá do oitão do céu.
Campear rumo prá os lados
da vila.
Gastando léguas por o corredor
que desenha estrelas.
Onde nas barbelas se dá o rumo.
As esporas talareando no vento,
e um sentimento prá largar na boca.
Uma morena na janela mira longe
o corredor.
Num sorriso que se mostrar no canto
do rosto, de quem vem na estrada
que escondeu um beijo no canto da boca.
Que na escrita do cinzel dos cascos
de égua preta, que por respeito
e cariño ganhou nome de morena.
Prá sempre se lebrar das morenas
e de uma que mira o corredor.
Que pela pampa larga
na boca e no suor escorre do peito.
Leva até onde mora o
bem querer.