Segredos de Um Mate
Verdeja longe na mirada
que se faz mais de campo.
Brilha no olhos estrelas cadentes
pelas rondas que se fazem longas.
Na recoluta de um entardecer
que vem tranqueando pelo largo do galpão
guarda há copla perdida pela
tarde .
Pra ir galopeando pelo vento,
e charlar por ai campo afora.
Prá talvez ir no canto dos pássaros
que cruzam o rastro na invernada do céu.
O lagoão que do capão verte
ao passo aguada antiga que ventre
da terra surge sem pressa.
Rebusca por suas curvas uma milonga
de ontem.
Que enquanto escorre lentamente
por entre as pedras vai guardo seus
segredos de campo e galpão.
Que na flores do campo,
mira um sorrir de ontem entre
um céu de estrelas andarilhas.
Que impaciência de um redomão
que as patea as chilenas rebrota
há copla de campo e flor.
Na mirada o tempo fica grande
e as vezes curto demais.
Que ao longe na polvadeira que se levanta
no ar o campo se faz segredo e tempo.
Que no cruzar pelo caminho largo
tranqueando e talareando esporas,
se mostra o rumo onde mora um
cariño que se guarda no debaixo
de um nó pachola.