Segredos de Um Mate

Verdeja longe na mirada

que se faz mais de campo.

Brilha no olhos estrelas cadentes

pelas rondas que se fazem longas.

Na recoluta de um entardecer

que vem tranqueando pelo largo do galpão

guarda há copla perdida pela

tarde .

Pra ir galopeando pelo vento,

e charlar por ai campo afora.

Prá talvez ir no canto dos pássaros

que cruzam o rastro na invernada do céu.

O lagoão que do capão verte

ao passo aguada antiga que ventre

da terra surge sem pressa.

Rebusca por suas curvas uma milonga

de ontem.

Que enquanto escorre lentamente

por entre as pedras vai guardo seus

segredos de campo e galpão.

Que na flores do campo,

mira um sorrir de ontem entre

um céu de estrelas andarilhas.

Que impaciência de um redomão

que as patea as chilenas rebrota

há copla de campo e flor.

Na mirada o tempo fica grande

e as vezes curto demais.

Que ao longe na polvadeira que se levanta

no ar o campo se faz segredo e tempo.

Que no cruzar pelo caminho largo

tranqueando e talareando esporas,

se mostra o rumo onde mora um

cariño que se guarda no debaixo

de um nó pachola.

Ginete
Enviado por Ginete em 26/03/2009
Código do texto: T1507186
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.