Copla há uma Tarde
Andei desgarrado
mas me encontrei
no seu sorriso num,
entardecer que ia na pressa que tinha.
As horas que iam ao passo
lento faziam delongas e floreios
prá meu costado.
O baio da tarde ia
secando o lombo
na sua vontade.
Quando em voz mansa
me fez um pouco
mais manso.
Gastou andanças por corredores
que só há polvadeira que se
levanta e seu aquerencia
na copa.
Sem rumo, sem lida.
Se forjou andarilho
das lidas e do tempo.
Das pressas que seus
sonhos se achegam.
Mas por um sorriso luna
quis segurar na rédeas do
tempo.
Esbarrando por parar
por ali mirando um cariño.
Que se mostrou nos
olhos ginetes.
Que vai nesses olhar
boieiras e num sorriso
viu há luna vestida de
prata.