Num Fim De Tarde
O sol ponteou na divisa
Trazendo mates novos
Por dentre a calma da tarde.
Potros secando o lombo
Depois da lida com o sol
Por ir sem pressa.
Aqui no campo o dia
Tem seu valor.
Que é gasto pela lida do
Cedo.
Abre a porta do galpão
Prá ir no campo buscar
A norte prá vida.
Os dias se vem na calma
Das tropas que passam pesado
No corredor no verão.
Guarda no fim em mates
A recoluta da lida e da vida.
Dos olhares que antes bombevam
Na janela, e agora desviam.
A minha vida é assim.
Campo e campanha na alma.
Pois tudo e todos são oque
São.
Não adianta negar a procedência
Pois o sangue da sua raça,
Golpeia nas cancha retas das
Veias.
O fim de tarde me vem sempre
De mate novo prá camperiar
Estrelas no surgir da noite
Grande.
São cosas que acalmam
Na aporfia de fogão.
Que na recoluta das anciãs
E rebeldias só o fim de tarde amansa.