Dos Ferros à Campo fora

Foi na força dos ferros,

Que me garanto.

O zaino se jogava iguala,

A um louco.

Renegava o basto e,

A encilha, encurtava a

Flechilha aos pulos.

Que cuspia nos pulso.

E eu vinha toreando na

Força dos ferros.

Eu vinha o moreno longe.

A galope tentando me

Acompanhar, que ia aos

Socos do zaino tapado.

Fiquemos nesse enleio

Por um tempo.

Até que o zaino que ia

Bailando na musica, das

Minhas rosetas disparou.

Disparou cortando até o

Arroio no meio talvez,

Achando que assim abria

A perna.

Quando não viu que não

Tinha jeito de me tirar.

Estaqueou no campo, e eu

Estumava prá o bicho sair aos

Socos.

O moreno então me alcançou,

Me dizendo que tremia o

Chão, quando o zaino corcoveava,

Parecia um combate campeiro

Da época farrapas.

Era uma pintura que rasgou,

A tela e saiu a campo.

Mostrando o duelo do homem

Campeiro, com algum potro

Alçado à campo fora.

Onde a espora e mango.

Fazem o costeio e à musica

Prá o índio que gineteia.

O mundo se desdobra a

Campo, quando o tempo passa

Voando por sob os arreios.

Agente encosta uma das mãos na

Crina, e à outra as vezes

Passa de revesgeio na ponta

Do pala divino.

Quando larga a cabeça, de um

Potro aporreado que depôs,

De um tempo se amansa.

E fica com cisma de sestroso.

Ah alma! Apreende pela

Domas e ginetiadas, quando

É hora de parar e apreender.

A vida é assim.

Segue domando pelo campo

No rumo céu.

Ginete
Enviado por Ginete em 12/02/2009
Código do texto: T1435796
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