Dos Ferros à Campo fora
Foi na força dos ferros,
Que me garanto.
O zaino se jogava iguala,
A um louco.
Renegava o basto e,
A encilha, encurtava a
Flechilha aos pulos.
Que cuspia nos pulso.
E eu vinha toreando na
Força dos ferros.
Eu vinha o moreno longe.
A galope tentando me
Acompanhar, que ia aos
Socos do zaino tapado.
Fiquemos nesse enleio
Por um tempo.
Até que o zaino que ia
Bailando na musica, das
Minhas rosetas disparou.
Disparou cortando até o
Arroio no meio talvez,
Achando que assim abria
A perna.
Quando não viu que não
Tinha jeito de me tirar.
Estaqueou no campo, e eu
Estumava prá o bicho sair aos
Socos.
O moreno então me alcançou,
Me dizendo que tremia o
Chão, quando o zaino corcoveava,
Parecia um combate campeiro
Da época farrapas.
Era uma pintura que rasgou,
A tela e saiu a campo.
Mostrando o duelo do homem
Campeiro, com algum potro
Alçado à campo fora.
Onde a espora e mango.
Fazem o costeio e à musica
Prá o índio que gineteia.
O mundo se desdobra a
Campo, quando o tempo passa
Voando por sob os arreios.
Agente encosta uma das mãos na
Crina, e à outra as vezes
Passa de revesgeio na ponta
Do pala divino.
Quando larga a cabeça, de um
Potro aporreado que depôs,
De um tempo se amansa.
E fica com cisma de sestroso.
Ah alma! Apreende pela
Domas e ginetiadas, quando
É hora de parar e apreender.
A vida é assim.
Segue domando pelo campo
No rumo céu.