Assovios
Um assovio saia da culatra
No fiador outro mais milongado,
Um dos ponteiros
Da tropa, assoviava um carinho de uma
Morena.
Estalos de relho, e de vez enquanto
Um grito chamava a ponta.
A tropa fazia uma toada nos
Cascos, e assovios a campo fora.
O campo levava tempos prá ver
Uma tropa grande.
Os poveiros da beira da linha,
Miravam com certo apreço.
Cavalo de muda na ponta,
Se misturavam com a potrada xucra.
A madrinha com o sino
Ia repontando os desgarrados.
E acordava o campo adormecido
Pelo sol da tarde.
Assovios que saiam de bocas
Que gritam forma!
De índios que o tempo,
Não passou, e são o campo
Na essência.
Coplas que em assovios,
São ouvidos pelo campo.
Prá depois num mate com a
Tropa,se estendendo em algum pouso,
Reculutar as cosas da alma.
A tropa que tem potros.
De muda e xucros comprados
Lá na banda oriental.
Vem escarcessando, até
No destino, prá um a um
Meter a cara buçal.
E prá depois assoviar um vaneirão,
Voltando pras casas depois
De um bailongo, no bolicho do posto.
A min me basta ouvir.
E assoviar nas volteadas
A campo afora.
Prá chamar a ponta.
E fazer uma copla se perder
No vento.