Tarumã Copado

São flores brancas de um

Tarumã da frente das casas;

São o cheiro doce da terra

Que vem rolando pelo ar.

Por debaixo desse tarumã

Minha vida se fez tropa.

Pousada e lida.

Foram tantos metes sentindo

O cheiro das flores do tarumã

Antigo que o tempo plantou.

Reina como um ginete no

Lombo verde do pampa.

São flores brancas que no tempo

Se formou.

Que virou maço prá morena

Mais bela do posto inteiro.

O tarumã velho que viveu

Sempre a emprestar a sobra

Prá min.

Que não fez floreio quando tirei

Um pouco das flores na primavera,

Que o tempo plantou no meio do campo.

E um dia num sonho

Que a vida fosse buena

Um galpãozito surgiu por sua

Sobra copada.

Hoje fica pouco adiante da

Porta com um banco ao

Pé, prá os mates de fim de

tarde.

E guarda ainda muitos

Sonhos e planos ao pé

Nas rodas de mate que ficaram

Por sua sombra grande

Ginete
Enviado por Ginete em 10/01/2009
Código do texto: T1378361
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