Tarumã Copado
São flores brancas de um
Tarumã da frente das casas;
São o cheiro doce da terra
Que vem rolando pelo ar.
Por debaixo desse tarumã
Minha vida se fez tropa.
Pousada e lida.
Foram tantos metes sentindo
O cheiro das flores do tarumã
Antigo que o tempo plantou.
Reina como um ginete no
Lombo verde do pampa.
São flores brancas que no tempo
Se formou.
Que virou maço prá morena
Mais bela do posto inteiro.
O tarumã velho que viveu
Sempre a emprestar a sobra
Prá min.
Que não fez floreio quando tirei
Um pouco das flores na primavera,
Que o tempo plantou no meio do campo.
E um dia num sonho
Que a vida fosse buena
Um galpãozito surgiu por sua
Sobra copada.
Hoje fica pouco adiante da
Porta com um banco ao
Pé, prá os mates de fim de
tarde.
E guarda ainda muitos
Sonhos e planos ao pé
Nas rodas de mate que ficaram
Por sua sombra grande