Gosto de Mate
A tarde ia cruzando de manso,
pelo o corredor.
Foi desenhando olhos e sonhos
pelas horas.
Foi gastando as horas de mate
na mão.
E a prosa correndo frouxa.
Mate novo, recém cevado.
Aguada buena e flor de maçanilha,
milongas pela boca e mais
uma tanto de coplas querendo ganhar asas.
A tarde se bordava em sorrisos
e prosas.
Que as vezes chagava a perder
o jeito.
Que logo encontrava o norte.
Talvez um dia desse qualquer.
Um chasque feito por mãos nostálgicas
me venha, por mão de guri?
me traga um verso simples e bueno.
Nesse entre meio de trama
de trama couro.
Me vou indo revendo,
no meu mate o sabor de um
outro.
Me fazendo mirar a tarde mansa,
Ir ao passo das horas,
por um mate de outro gosto.
Ginetinho...