Gosto de Mate

A tarde ia cruzando de manso,

pelo o corredor.

Foi desenhando olhos e sonhos

pelas horas.

Foi gastando as horas de mate

na mão.

E a prosa correndo frouxa.

Mate novo, recém cevado.

Aguada buena e flor de maçanilha,

milongas pela boca e mais

uma tanto de coplas querendo ganhar asas.

A tarde se bordava em sorrisos

e prosas.

Que as vezes chagava a perder

o jeito.

Que logo encontrava o norte.

Talvez um dia desse qualquer.

Um chasque feito por mãos nostálgicas

me venha, por mão de guri?

me traga um verso simples e bueno.

Nesse entre meio de trama

de trama couro.

Me vou indo revendo,

no meu mate o sabor de um

outro.

Me fazendo mirar a tarde mansa,

Ir ao passo das horas,

por um mate de outro gosto.

Ginetinho...

Ginete
Enviado por Ginete em 30/12/2008
Código do texto: T1359639
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