400-O AMOR CANSA DE ESPERAR-Forma poética-tradicionalista-Pantum 002
400-O AMOR CANSA DE ESPERAR-
Forma poética-tradicionalista-
didática: Pantum 002
Por Sílvia Araújo Motta
1-Sempre o brinde é prolongado,
(-2-) quando o sol do amor encanta,
3-tudo é perfeito no agrado,
(-4-) a natureza até canta.
2-Quando o sol do amor encanta,
(-5-) ternura perde a medida,
4-a natureza até canta,
(-6-) sem censura, fica a vida.
5-Ternura perde a medida,
(-7-) se vem o ciúme imperfeito,
6-sem censura fica a vida,
(-8-) já não há nada perfeito.
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7-Se vem o ciúme imperfeito,
(-9-) logo as portas são fechadas,
8-já não há nada perfeito,
(-10-) as vozes, ficam cansadas.
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9-Logo as portas são fechadas,
(-11-) quando o sol do amor vai embora,
10-as vozes ficam cansadas,
(-12-) depois de tanta demora.
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11-Quando o sol do amor vai embora,
(-13-) não adianta reclamar,
12-depois de tanta demora,
(-14-) o amor cansa de esperar.
Belo Horizonte, 1º de abril de 2006.
TROVA Nº 0004
PANTUM, malaia canção,
nas Trovas, rimas cruzadas
ostentam repetição,
estrofes encadeadas.
O segundo e quarto versos
de cada estrofe primeira,
primeiro e terceiro versos
no Pantum, é medianeira.
Trova? Na UBT, nunca é uma “trovinha...”
É redondilha maior, de sentido completo.
(quatro versos de sete sílabas tônicas)
exige a rima nos versos:
o primeiro com o terceiro,
e o segundo com o quarto.(ABAB)
Um abraço trovador
Silvia Araújo Motta.
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