Bebo, não por vício...
Bebo, não por vício
mas por desgosto
pois no peito abriu ferida
essa paixão mal resolvida
e procuro na bebida
encontrar a solução...
Bebo, não por vício
mas por desgosto
pois da vida perdi o gosto
quando ela me trocou por outro
não consigo dar-lhe o troco
por isso virei beberrão...
Bebo, não por vício
mas por desgosto
e encaro as madrugadas
sem os braços da minha amada
pelos bares, pelas calçadas
sempre de copo na mão...
Bebo, não por vício
mas por desgosto
e vejo no fundo do copo
o vulto da mulher amada
e se eu não secar o copo
ela pode morrer afogada...
salve-se, mulher...
Adilson R. Peppes.