Silvestre
Uma flor silvestre.
Do campo mar.
É sonho de campo
E lida.
A lida bruta é mais uma
Cosa.
Prá assoviar qualquer cosa.
E ficar em porfia de
Mate novo.
Copliar e milongar.
Aquerenciar nos botões da
Gaita, domas e apartes de
Uma pena.
A domar pelo corredor.
Se vai domando sozinho
Pelas bocas da noite fria.
Trazendo as estrelas de tiro.
Mirando longe o cruzeiro
E a boieira.
A campanha silenciando
Pela noite, enquanto patas
Retumbam na flexilha com
A geada caindo.
É botar um trote no rumo
Das morenas.
Mas com sentimento só
Prá uma morena.
De olhar de boiera.
Que assombra num mate
Longe, e abranda mirando
Os seus olhos.
Que repontam longe
Tropas que largo sempre
Por perto do rancho cor
De céu.
Trazendo a cavalhada na
Ponta, e com minha mirada
Longe.
Gastando a lida sempre
Por ali.
Parece que o tempo e
As ginetiadas nos maulas.
Que onde passeia minhas
Esporas sobre as paletas
De algum que se arrasta na carpeta
Da ginetiada.
Tiro prá no riscar à morena
Que é flor silvestre.
Aquela que no potreiro
Fica em meio do verde estendido.
Que até o bichos respeitam
Por causa da beleza
Simples.
Este é um tento que desquino
Da lonca de minha alma
Prá trançar em porfia.
Ginetinho...