Silvestre

Uma flor silvestre.

Do campo mar.

É sonho de campo

E lida.

A lida bruta é mais uma

Cosa.

Prá assoviar qualquer cosa.

E ficar em porfia de

Mate novo.

Copliar e milongar.

Aquerenciar nos botões da

Gaita, domas e apartes de

Uma pena.

A domar pelo corredor.

Se vai domando sozinho

Pelas bocas da noite fria.

Trazendo as estrelas de tiro.

Mirando longe o cruzeiro

E a boieira.

A campanha silenciando

Pela noite, enquanto patas

Retumbam na flexilha com

A geada caindo.

É botar um trote no rumo

Das morenas.

Mas com sentimento só

Prá uma morena.

De olhar de boiera.

Que assombra num mate

Longe, e abranda mirando

Os seus olhos.

Que repontam longe

Tropas que largo sempre

Por perto do rancho cor

De céu.

Trazendo a cavalhada na

Ponta, e com minha mirada

Longe.

Gastando a lida sempre

Por ali.

Parece que o tempo e

As ginetiadas nos maulas.

Que onde passeia minhas

Esporas sobre as paletas

De algum que se arrasta na carpeta

Da ginetiada.

Tiro prá no riscar à morena

Que é flor silvestre.

Aquela que no potreiro

Fica em meio do verde estendido.

Que até o bichos respeitam

Por causa da beleza

Simples.

Este é um tento que desquino

Da lonca de minha alma

Prá trançar em porfia.

Ginetinho...

Ginete
Enviado por Ginete em 25/09/2008
Código do texto: T1196107
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