Apreendeu pelos Corredores

Uma guitarra toca.

O tempo esbarra num instante

Prá ouvir mais um.

Parece que uma guitarra

Campeira, doma o tempo

E pensamentos.

Embalando pelo seu toque.

Coloca tudo pela forma.

Sem gritar forma, prá ninguém.

Acalma o mais quebra

E abranda corações.

Fazendo abaralhar o no

Freio.

E ver, que não dá prá

Levar na tava do peito

Tudo.

As guitarras campeiras

São alma do campo.

Traz pra o mundo como

Se vive um povo.

Que tem amor pela sua

Raça.

Que tem por as ressolanas

De verão uma guitarra,

Prá mirar os olhos de uma morena

Pelas pulperias.

Que faz o tempo mostrar

Pela hora de guitarra na mão

Calejando os dedos.

Traz uma sonho pelas

Cordas da guitarra.

Revela uma alma iluminada

Pelos versos, ainda chucros.

Que apreendeu sem floreio

Entre lidas e as volteadas da

Escuela.

A copliar pelo corredor

Prá gastar lonjuras antes de

Chegar na casas.

E nas guitarras apreendeu

A acuierar a lida com à sua

Vida.

Domou tropilhas pelas suas

Mãos, mas também domou

Pelas guitarras.

Amansou alguma guaina

Pela guitarra.

E deixou pelos cantos

De galpões algum toque

Perdido pelo vento.

Escondeu nas guitarras

Seu sentimento, e também

Nas coplas depois da lida.

Ginetinho...

Ginete
Enviado por Ginete em 25/09/2008
Código do texto: T1196098
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