Payada da Indepêndencia
Rio Grande de pátria e nativismo,
Seguindo os preceitos do civismo,
E que a bandeira sobe ao mastro,
Num gesto de amor ao chão,
Na mais pura demonstração,
Que segue o rumo no rastro,
Duma raça forte e varonil,
Que tem sangue na veia,
Se for preciso pelear peleia,
E se abraça no fuzil.
Por estes campos e serra,
Pra defender sua terra,
Este querido Brasil.
E o patriotismo se aflora,
E marcha firme na cadência,
Pra comemorar a Independência,
Que se alarga campo afora.
E o gaúcho se prepara com afinco,
Com seu pingo, de laço nos tentos,
E vai recordando os momentos,
Deste Rio Grande de trinta e cinco.
Onde a lança e a garrucha,
Percorreram as nossas coxilhas,
Na epopéia dos farroupilhas,
Defendendo a terra gaúcha.
E o sangue da nossa gente,
Marcou página na história,
Lutas, tropeços e vitória,
Desta raça heróica e valente,
Que sempre agüentou o repucho,
Pois índio de queixo duro,
Não fica em cima do muro,
E mostra o valor do gaúcho.