Relato prá uma Luna Bela

Luna nova, luna Cheia

Que alumeiam

Campos e capões.

Engrandece a noite fria

Guarda seus segredos pela

Seu brilho altaneiro.

Faz rancho e galpões seu

Lar.

Entra sem pedir pela

Janela de qualquer lugar.

Nas noites que o tempo

Se aquerencia pelos olhos

E mates, reculutando as

Suas coisas.

Ensina a min e a poucos

O luxo de uma invernada,

Mostra prá meus olhos que

O campo es mundo de

Tantos.

Mas tem um pedaço dentro

De min.

Uma invernada que só

E sei o tanto de uma seis

Marias.

E quantos potros cabem

Pelo campo em flor.

Mas a verdadeira face

Da luna.

Ninguém viu!

Ela que fica pela ramada

Da frente das casas a

Matiar solita.

Mira o campo, e os mistérios

Da noite grande.

E ouvem os silêncios do

Campo pela madrugada.

Já vim com a luna de tiro,

Como cavalo de muda.

Mas também foste parceira

Quando rasgei coxilhas

Pelos corredores.

De mão na pratiada que

Brilhava com um raio

Emprestado da luna sob

O cabo.

A luna que me assistiu

Guri, que não saia de

Dentro do rancho por medo.

Nas rondas quebrando

Geada que ainda caindo por sob

A capa.

E nas voltas das percantas

Solito assoviando

Alguma copla pela estrada

Batida.

Luna flor da noite na

Pampa, plana e larga

Do céu.

E uma doma e também

Os olhos de uma guaina.

Com brilho entre a melenas

Negras.

É um retrato de invernada

E uma coisa de dom

Divino de criação.

É meu coração perto

Mas longe ao mesmo tempo.

Reponta uma tropilha

De estrelas prá domar nas

Noites de céu escuro.

É a certeza que a vida

É uma tempo pequeno

Prá tanto campo prá

Recorrer.

Nas horas tranqüilas ela

Me mostra, a paz de meu

Mundo de campo e

Céu.

Ginetinho

Ginete
Enviado por Ginete em 13/06/2008
Reeditado em 19/06/2008
Código do texto: T1032435
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