RIO DE FOGO
Na vastidão, um vulcão abissal a explorar
A boca é linda, curvas perfeitas, dentro e fora um espetáculo da natureza
No entorno, montes arredondados, grandes e pequenos
Do olho do vulcão pulo sem titubear
Um mergulho profundo até nas profundezas chegar
No interior, atiço o vulcão adormecido
Dentro de mim há um rio de fogo que corre nas veias, onde chega incendeia
Passeia no leito dos recônditos mais íntimos
Margea a superfície e os labirintos
Corre ligeiro quando perto das lavas se aproxima
Acende as lavas apagadas
É química, uma mistura explosiva
A combustão fascína, tão inflamável quanto fogo e gasolina
As lavas agora estão afogueadas
A noite de outono começa a ficar agitada
Tremores...Explosão...Erupção...Clarão
As lavas escorrem pelo chão
É o clímax do vulcão
Lentamente tudo se acalma...apaga
O silencio passa a ser um eco na escuridão
Tudo em volta são cinzas mortas do que foi uma combustão
O vulcão dorme sobre um colchão de terra incendiada
Seu sono velo na noite enluarada
Nas minhas veias o rio flamejante corre suave e majestoso sob a luz da lua prateada
Espera o vulcão se refazer, para juntos novamente arder
🔥
V.M