RIO DE FOGO

Na vastidão, um vulcão abissal a explorar

A boca é linda, curvas perfeitas, dentro e fora um espetáculo da natureza

No entorno, montes arredondados, grandes e pequenos

Do olho do vulcão pulo sem titubear

Um mergulho profundo até nas profundezas chegar

No interior, atiço o vulcão adormecido

Dentro de mim há um rio de fogo que corre nas veias, onde chega incendeia

Passeia no leito dos recônditos mais íntimos

Margea a superfície e os labirintos

Corre ligeiro quando perto das lavas se aproxima

Acende as lavas apagadas

É química, uma mistura explosiva

A combustão fascína, tão inflamável quanto fogo e gasolina

As lavas agora estão afogueadas

A noite de outono começa a ficar agitada

Tremores...Explosão...Erupção...Clarão

As lavas escorrem pelo chão

É o clímax do vulcão

Lentamente tudo se acalma...apaga

O silencio passa a ser um eco na escuridão

Tudo em volta são cinzas mortas do que foi uma combustão

O vulcão dorme sobre um colchão de terra incendiada

Seu sono velo na noite enluarada

Nas minhas veias o rio flamejante corre suave e majestoso sob a luz da lua prateada

Espera o vulcão se refazer, para juntos novamente arder

 

🔥

 

V.M

Vitor Mario
Enviado por Vitor Mario em 18/04/2025
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