NO BREU DA MADRUGADA
Enquanto a noite outonal caia, um desejo latente me consumia
Vontade de pele com pele, boca com boca
Versos fazia enquanto ela não vinha
O desejo que fala, a hora que não passa, os ponteiros giram lentamente, ela não sai da mente
O encontro está marcado, quero ela do meu lado, o encaixe esperado, sincronia dos movimentos, uma dança perfeita já ensaiada, fluidos trocados
O membro teso, a vulva ensopada
Quer ser penetrada, a programação promete varar a madrugada
Prometo estocadas, ela vem molhada...tarada
Vem correndo apagar esse fogo que me queima por dentro
Enquanto isso vou bebendo água e cerveja gelada, imagino ela pelada
Meus olhos nela estão vidrados, vontade dos seus lábios
Estão pintados de vermelho
Me prende nos seus laços, envolve nos seus abraços
Meus dedos, meu falo, suas nádegas arrendondadas, seios fartos em forma de taças
Uma loucura essa pegada
Pela casa roupas esparramadas, cama desarrumada, tudo misturado sobre lençóis bordados
Nossos corpos entrelaçados
Atiço sua libido falando safadezas nos seus ouvidos
Bebo nas duas taças, enquanto sobre mim galopa insaciada
Um pedaço meu está duro e elevado, arromba os recônditos internos
Dois loucos apaixonados, entranhados no breu da madrugada,
Lá fora a lua brilha prateada
Vem com fome
É uma loba, uma fera que estava enjaulada
Vem despida de pudor, quer todo meu ardor
Enquanto eu...quero ela assim, fogosa só pra mim