NO BREU DA MADRUGADA

Enquanto a noite outonal caia, um desejo latente me consumia

Vontade de pele com pele, boca com boca

Versos fazia enquanto ela não vinha

O desejo que fala, a hora que não passa, os ponteiros giram lentamente, ela não sai da mente

O encontro está marcado, quero ela do meu lado, o encaixe esperado, sincronia dos movimentos, uma dança perfeita já ensaiada, fluidos trocados

O membro teso, a vulva ensopada

Quer ser penetrada, a programação promete varar a madrugada

Prometo estocadas, ela vem molhada...tarada

Vem correndo apagar esse fogo que me queima por dentro

Enquanto isso vou bebendo água e cerveja gelada, imagino ela pelada

Meus olhos nela estão vidrados, vontade dos seus lábios

Estão pintados de vermelho

Me prende nos seus laços, envolve nos seus abraços

Meus dedos, meu falo, suas nádegas arrendondadas, seios fartos em forma de taças

Uma loucura essa pegada

Pela casa roupas esparramadas, cama desarrumada, tudo misturado sobre lençóis bordados

Nossos corpos entrelaçados

Atiço sua libido falando safadezas nos seus ouvidos

Bebo nas duas taças, enquanto sobre mim galopa insaciada

Um pedaço meu está duro e elevado,  arromba os recônditos internos

Dois loucos apaixonados, entranhados no breu da madrugada,

Lá fora a lua brilha prateada

Vem com fome

É uma loba, uma fera que estava enjaulada

Vem despida de pudor, quer todo meu ardor

Enquanto eu...quero  ela assim, fogosa só pra mim

Vitor Mario
Enviado por Vitor Mario em 11/04/2025
Reeditado em 14/04/2025
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