GAZELA DA FLORESTA

Na densa floresta procuro ela.

Um labirinto ínfinito,

vários caminhos.

Predadores disputam essa presa.

Uma gazela de carne tenra,

pele macia.

Disputo com as feras.

Arisca, sempre foge para os vales e colinas.

Até agora nenhum fera conseguiu pegar.

Sinto seu cheiro.

Está por perto,

seu perfume exala,

estou na batida,

é a preferida das feras da floresta.

Uma gazela,

uma donzela,

a princesa da floresta.

Floresta encantada.

Choveu por aqui,

um cheiro de terra molhada.

Está perto,

O cheiro fica mais intenso.

Está no cio,

Bebeu da água do rio.

Por lá deixou suas digitais.

Sou um caçador ávido,

quero ela nos meus braços.

 É final de tarde.

Sob um céu rajado de cores vibrantes,

sigo a procurar.

A noite cai.

Sob a luz do luar vejo suas pegadas,

agora na estrada.

Batida fresca,

passou após a chuva.

Madrugada se apresenta,

um céu limpo estrelado.

Uma armadilha vou fazer,

uma armadilha de prazer.

Vou para a velha estrada.

Achei novas pegadas.

Ela está na estrada,

caminha amedrontada,

sob a luz da lua prateada.

Hoje não escapa.

A fome bateu.

Nessa noite não tem disputa.

No caminho não tem predadores.

Olhos nos olhos,

agora é ela e eu.

No meu olhar sucumbiu,

na minha armadilha caiu.

Arrastei para um monte carnal.

Abatida se entrega.

Seu corpo devoro,

sem dó nem piedade.

Gemidos ecoam.

Nos meus dentes lascívos, 

a selvagem se rende.

Capturada vai ser domada.

Ficou apaixonadona.

 

🔥🔥🔥💕💕

V.M