INEBRIADOS!
Ranhuras na carne em brasa
Sofreguidão de bocas ávidas
Céus onde línguas fazem casa
Orvalho macio nas pétalas cálidas
Fustigar másculo macho andaluz
Tropel de desejos desenfreados
Que o prazer tresloucado conduz
Corpos fortemente arraigados
Embate de amantes vorazes
Arena sob a luz da lua cheia
Se devoram contumazes
Fogo que tudo em volta incendeia
Se olham num duelo carnal
A cada investida tresloucada
Envoltos num instinto animal
Urram a cada forte estocada
O tempo parece parado
Diante de tanta gana
É um foder desvairado
É uma tara tão insana
E povoam de sons o infinito
Como se fossem pagãos em martírios
Jorram enfim em uníssono grito
No êxtase dos loucos delírios!