Incêndio
És chama ardente em terras inóspitas
Refletindo estrelas em teus olhos fumegantes
Um véu misterioso envolve teu corpo
Onde paixão e fogo se entrelaçam
Uma palavra tua e a ordem se desfaz
Perde-se a lógica, razão e o tempo
Tuas mãos são lâminas serrilhadas
Abrindo e esmiuçando o sútil da alma
Terna chama em ti se faz incêndio
Sangue vivo, calor latente
À frente, toda ira, desejo e magia
Um vulcão se derramando e ceifando a hipocrisia
Galgará novos tempos, incendiando o vazio
Fecundando o ventre terra
A paixão será semente
Do fogo da aurora de deleitosos dias!