Paixão Sombria
Nas noites frias sob o luar, no cemitério, a sós a pairar
Lá se encontravam, almas perdias
Paixão ardente, em horas esquecidas.
A brisa gelada cortava a pele
Mas entre carícias, o calor revele
Os dedos dançavam, rostos a arder
Na porta sombria, sem nada temer.
O silêncio ali tinha um tom sagrado
O vento uivava, o chão gelado.
Entre mordias e sussurros, o fogo eterno que os consumia
Respirações aceleradas, o tempo parou naquela noite tão fria
Olhos brilhavam, espelhos da alma
Enquanto o mundo descansa em calma
E juntos, sob a sombra da cruz
Eram estrelas criando sua luz.
O cemitério, palco de paixão
Testemunha muda de cada emoção
Enquanto a noite seguia em segredo
Gemidos, marcas na pele, deixadas sem medo.
Assim viviam nos braços do mistério
Momentos de prazer no frio cemitério.
Eram calor na neve, vida no breu
Duas almas ardentes, uma paixão que hoje morreu.