A arte de sugar o néctar

Primeiro, você pega a dona da flor,

Segure com firmeza os seus ramos finos, e deixe-a enlouquecida de amor...

Acaricie, beije, o que seja! Lembre-se, deve demorar!

Qualquer flor que veja, não tem pressa de amar.

Suas mãos precisam ser ágeis e ter força!

Apertando e apalpando, descendo até as coxas,

Mordiscar a ponta de cada orelha, e nos cabelos, dar um puxão,

A intenção por trás de tudo, é deixá-la cheia de tesão.

Uma flor seca, não tem muita graça, você vê.

Toda ela precisa estar em ofegante desespero!

Desejando e implorando que você a dê

De repente, um ousado beijo no grelo.

Depois, de tudo pronto, ela está no ponto, basta deitá-la

Não hesite! Como abelha, cada pétala abra, e comece a chupá-la.

Da raiz ao talo, a flor está quente e em profundo ardor,

Então, sentirá o pulsar ardente, daquela maçã do amor.

Preste-se a realizar, qualquer desejo insano!

Todo esforço é pouco, um dedo em sua uva, uma língua em anos,

Aquele momento é dela, prazeres loucos, sonhos indizíveis,

O que importa é o sentimento, as gotas de suor e os espasmos visíveis,

Siga o ritmo, arrepios, o vento sopra em gritos e choramingos, a flor fica a dançar

Não se importe com o esforço, sinta o gosto, até se cansar,

Ela revira-se, vira-se, dobra-se e pira-se, faz parte do momento,

É o que finalmente faz, a alma da flor pairar, no sopro do vento.