286°
Escrevo para a ultima amada
Para meu conto de fadas
A musa da minha inspiração
Deleitei-me naquele corpo
Senti o gozo da matéria
Mulher multifacetada
Deixou o poeta em desespero
Querendo buscar o enredo
Escrevo o que não posso dizer
Deitei-me com a tua carcaça
E profanei a sua alma
Rasquei o véu da matéria
Senti a sua alma tocar a minha
Dois seres encardidos
Profanados na sujeira carnal
Um idiota e a moça mais bela
Escrevo lembranças botânicas
De uma trepada inesquecível
Otreblig Solrac - O poeta Burro