SOLIDÃO DE BANHEIRO

Teu corpo não posso ter

Mas nada me impede sonhar.

Nos meus sonhos posso ver

Você nua, lânguida, dançar.

Posso acariciar, tocar mordiscar

Todas as curvas explorar

Mergulhar no cheiro

Que ele, ofegante, exalar.

Posso sentir o sabor

Teu líquido saborear.

Posso penetrar, ir fundo,

Navegar, cavalgar...

Quando me derramar inteiro

E imenso prazer experimentar

A solidão do banheiro

Fará-me à realidade retornar.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 09/10/2024
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