Entre versos e telas, te encontro no silêncio,
nas linhas que se entrelaçam, nossos corpos em desejo,
somos dois poetas, almas que se reconhecem,
em cada palavra sussurrada, um toque, um segredo.
Te imagino entre os espaços das palavras que me envias,
como se cada letra fosse um suspiro quente,
uma carícia que atravessa a distância fria,
e acende em mim um fogo ardente.
No ritmo das nossas rimas, há um pulsar insistente,
um convite mudo, um chamado sutil,
onde a poesia se torna carne, e o desejo é veemente,
um querer que ultrapassa o verbo e se faz real.
Quero te sentir na métrica dos teus versos,
onde cada estrofe é um beijo demorado,
nas metáforas dos teus desejos dispersos,
nossos corpos se encontram, ainda que separados.
Deixa-me ser a rima que completa teu soneto,
a estrofe que acalma o teu querer,
na tela, na alma, em cada trecho discreto,
até que o virtual se torne o que a gente quer viver.