À FLOR DA PELE
O amor permeia toda a poesia
E para ele, a poesia se entrega inteira.
Suas rimas são balbuciadas
Entre toques suaves e ardentes,
Boca com boca, pele com pele,
Em ritmos musicais incandescentes
Que seduzem as métricas
Provocando uma explosão em versos:
Linhas que nascem instintivamente
Enquanto estou dentro do teu abraço.
E teu corpo, tão moldado ao meu,
Mistura-se à minha natureza líquida:
-É água que mata a minha sede de prazer!
Penetra em minha alma
E faz jorrar a paixão,
Lá, onde o desejo se origina.
E nada míngua,
Tudo é imenso, poético e vital...
Nossos corpos se tocam e conversam
E saciam a natureza animal.