Ela despida

No silêncio da noite me conheço

É como pensamentos flutuantes

Imerso ao engordo da alma

Descoberto pela estranha sensação de existir.

O prazer efemero

É como um cálice ao anoitecer

As cortinhas se abre

Alguém bate na porta

E você paralisado fica.

O profano não faz mais sentido

A dor é agora uma doce amiga

É um alivio não mais pensar em você

É a compulsão de poder voltar a sorrir.

Ela entra, ainda paralisado fico

Me conta seus segredos, a cor que mais gosta

E o vinho que deixou de tomar para me conhecer

A noite passa, e não faz mais nenhum sentido.

Não sei mais se discuto sobre Platão ou Deus

E para que ter razão?

Se no final tudo se resume em pura ilusão

Agora já é tarde e o cálice cai sobre a mesa.

Ela despida, me conta sobre a beleza

O toque suave de suas mãos

E sua complexidade evidenciada em seus olhos

Trás um encanto que outrora será como a morte.

Lá depois da meia noite

Eu pego meus livros

Cheiro as lembranças de historias

Falo comigo mesmo

Por que fui abrir essa porta?

Davi Alves
Enviado por Davi Alves em 12/07/2024
Código do texto: T8105317
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