Ela despida

No silêncio da noite me conheço

É como pensamentos flutuantes

Imerso ao engordo da alma

Descoberto pela estranha sensação de Ser.

O prazer efemero

É como um cálice ao anoitecer

As cortinhas se abre

Alguém bate na porta

E você paralisado fica

O profano não faz mais sentido

A dor é agora uma doce amiga

É estranho não mais pensar em você

Querer ficar fixado sobre as lágrimas das estrelas.

Ela entra, ainda paralisado fico

Me conta seus segredos, a cor que mais gosta

E o vinho que deixou de tomar para me conhecer

A noite passa, e não faz mais nenhum sentido.

Não sei mais se discuto sobre Platão ou Deus

E para que ter razão?

Se no final tudo se resume em pura ilusão

Agora já é tarde e o cálice cai sobre a mesa.

Ela despida, me conta sobre a beleza

O toque suave de suas mãos

E sua complexidade evidenciada em seus olhos

Trás um encanto que outrora será como veneno.

Lá depois da meia noite

Eu pego meus livros

Cheiro as lembranças de historias

Falo comigo mesmo

Por que fui abrir essa porta?

Davi Alves
Enviado por Davi Alves em 30/06/2024
Código do texto: T8096678
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.