Babilônia

Babilônia

1 Um dos sete anjos que tinham as sete taças aproximou-se e me disse: "Venha, eu lhe mostrarei o julgamento da grande prostituta que está sentada sobre muitas águas,

2 com quem os reis da terra se prostituíram; os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição".

3 Então o anjo me levou no Espírito para um deserto. Ali vi uma mulher montada numa besta vermelha, que estava coberta de nomes blasfemos e que tinha sete cabeças e dez chifres.

4 A mulher estava vestida de azul e vermelho, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Segurava um cálice de ouro, cheio de coisas repugnantes e da impureza da sua prostituição.

5 Em sua testa havia esta inscrição: MISTÉRIO: BABILÔNIA, A GRANDE; A MÃE DAS PROSTITUTAS E DAS PRÁTICAS REPUGNANTES DA TERRA.

6 Vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos, o sangue das testemunhas de Jesus. Quando a vi, fiquei muito admirado.

(Apocalipse 17; 1-6)

Perdi-me no deserto,

Nada fiz de certo,

Esperando ser salvo

ou ser Salvador Dalí.

(Acho que fui santo até demais)

Babilônia, minha tentação de Santo Antão,

Mãe das prostitutas e das abominações,

Se tu quiser, eu não me oponho,

Tenho as mãos meladas de sonho.

Me masturba, me enforca e me faz gozar,

Me faz gostar de ser herege,

Me faz sentir como um animal.

Babilônia,

Eu não sabia que o fel

Teria sabor de mel

Quando deitei na tua lua de mal.