UM POEMINHA PARA LUCI

UM POEMINHA PARA LUCI

Olho para seu rosto cansado do dia

E contemplo no passado a sua imagem

Sopro o tempo como quem bebe na fonte

A água cristalina que corre no manso regato

Vejo beleza e frescor, rosto em rósea flor

Afago e beijo e acendo meu desejo e o calor

A juventude eclode, explode em ardor e vigor

Já não faço mais promessas de amor

Nós as vivemos, pois sabemos que temos

Um ao outro em profunda cumplicidade

No silêncio das longas noites sem sono

Abandonamo-nos em nossos braços

Na certeza que o nó górdio desse laço

Só a morte pode desatar. O tempo dirá!

Após a respiração refeita, no macio do leito

Ela recostada no meu peito, pede massagem

Para uma dor fantasmagórica no costado.

As mãos que fortemente massageiam, dormem

Até o sol nascer para nos dizer: Bom dia!

Ah, se soubéssemos antes dessa forma de amor

De sentir tanto prazer e alegria, até na fantasiosa dor...

Ah, se eu soubesse escrever poesia, cantar, declamar

Ao mundo inteiro eu ensinaria essa forma intensa de amar.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 22/06/2024
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