UM POEMINHA PARA LUCI
UM POEMINHA PARA LUCI
Olho para seu rosto cansado do dia
E contemplo no passado a sua imagem
Sopro o tempo como quem bebe na fonte
A água cristalina que corre no manso regato
Vejo beleza e frescor, rosto em rósea flor
Afago e beijo e acendo meu desejo e o calor
A juventude eclode, explode em ardor e vigor
Já não faço mais promessas de amor
Nós as vivemos, pois sabemos que temos
Um ao outro em profunda cumplicidade
No silêncio das longas noites sem sono
Abandonamo-nos em nossos braços
Na certeza que o nó górdio desse laço
Só a morte pode desatar. O tempo dirá!
Após a respiração refeita, no macio do leito
Ela recostada no meu peito, pede massagem
Para uma dor fantasmagórica no costado.
As mãos que fortemente massageiam, dormem
Até o sol nascer para nos dizer: Bom dia!
Ah, se soubéssemos antes dessa forma de amor
De sentir tanto prazer e alegria, até na fantasiosa dor...
Ah, se eu soubesse escrever poesia, cantar, declamar
Ao mundo inteiro eu ensinaria essa forma intensa de amar.