Monogamiteista
Me pego enrolado em teus cachos
Com olhos fixos e famintos
Ansiando teus lábios.
Desejo amparar-te em meus braços,
E num momento nosso
Te ouvir eufórica
Pedir pra prender os teus com laços.
A luz do dia,
Confrontamos as convenções,
Gozando sem pudor de nossa companhia.
Pela noite, quero calmaria
Te sentir relaxar sentada,
Enquanto me afogo no sabor do teu mel
Escorrendo pelos fios de minha barba.
Quero te cultuar de baixo pra cima,
Te lançar em diferentes formas,
Minha sincera devoção
NO olhar e na fala
A mais plena atenção.
Te queimariam 200 anos atrás,
E parece ser justamente isso
O que me incendeia.
Tornei-me monoteísta a Deusa que és,
E pretendo seguir enfeitiçado pelo seu canto,
De livros, de boca, decote e todas as coisas.
Até a estação se acabe,
E você procure um novo altar.