CACCIATORE
Olhos famintos
Vasculham na mata
Um caçador nato
Ele sente o cheio
Escuta os passos
Prepara o ato
Golpeia-me na jugular!
Afoito, aflito, tem ânsia
Em um desejo desmedido
Seus olhos famintos me devoram
E eu viva, novamente, me delicio...
Com sua boca
Seus dentes
Seu hálito em mim
Um leopardo
Roça em minhas pernas
Deita-se em meus pés
Corteja sua presa
Rosna em meus ouvidos de primavera
"Amore mio"
Perdida, nesse napolitano delírio
Não mais duvido da Lua
Nem das estrelas a dizer o destino...
Apenas sigo
O que a razão não diz.