PSEUDÔNIMO
Não foi um mau presságio
Subjugar o meu corpo
Até me deixar frágil
Quisera o escopo
As palavras ficaram no divã
Aturdia o chão os assomos
Sem o espelho de écran
Ou o pudor do biombo
Não só espevitado era o sorriso
Sua boca denotava a rebeldia
A língua orbitava feito guizo
Abluia o gosto nas papilas
O seu perfil era uma incógnita
Desafiando a decifrar-te
Tão lépida e sórdida
Fez de mim mártir
Aprazia a sensação de torpor
Durante o furor que ousava
A cama parecia um ofurô
E ofegantes as lufadas
Com as almas arrebatadas
E os corpos coniventes
Passei a observá-la
Do leito ausente
Ao exuberar em paredes de vidro
Distava somente alguns passos
Como abnegar daquele viço
E do convite ao parnaso...
Encolerizadas erigia as suas mãos
A lousa agora era o box do chuveiro
Curvei-me ao ponto de ebulição
Na verve de deliberar teu anseio