Os estragos da chuva ou a delícia do que ela pode nos proporcionar

Chuva e devaneio

A chuva que teimava

Em não cessar e as

Ruas a ficarem alagadas

Os relâmpagos a iluminar

Com seus raios a noite escura

E os trovões a me amedrontar

De seguir viagem, o medo

Bateu mais forte e a prudência

Fez eu parar numa pousada.

Corri pra ver se conseguiria

Uma vaga, já que na maioria

Das vezes em momentos assim,

Temos que agir sem pestanejar

Consegui então a minha vaga

Que me deixou a_l_i_v_i_a_d_a.

Vizinho, praticamente quase

Colado ao terreno havia

Um posto de gasolina com

Uma loja de conveniência.

Só então, ao adentrar no

Espaço do hotel, pra espiar

Meu quarto percebi o quanto

Era aconchegante com um bar-

Restaurante muito animado

E bem frequentado...

Preferi subir pra tomar banho

E desci mais tarde pra jantar,

Liguei pra casa, filmei os

Relâmpagos a cortarem o céu

Acompanhados da trilha

Sonora dos trovões e enviei

Após finalizar a ligação e em

Seguida ouvi do meu esposo

Pra que eu não pegasse a estrada.

Desci pra jantar e foi aí

Que eu percebi que eu

Corria muito mais perigo

Dentro do restaurante do que

Na estrada, tamanho o fogo

Do olhar daquele homem

De olhos verdes que me

Deixava completamente nua

Sem tocar em mim e pra ficar

A noite ainda mais, mais

Desregrada e pecaminosa

Todas as mesas ocupadas e a

Única onde havia uma pessoa

Era justamente aquela onde

O bandido estava sentado.

Não tinha como eu recusar...

O seu convite e sinceramente

Eu acredito que os prazeres

Da carne não sejam do diabo.

E quando dei por mim...

Passei a ouvir um sax, Deus do

Céu , eu sentada com aquele

Homem de olhar profundo

Excitante mente másculo

Que me despiu com os olhos quando

Eu descia as escadas, ouvindo

Agora o som sensual e sexy do

Instrumento de sopro

Acompanhado da percussão da

Chuva que batia forte nas

vidraças das janelas, um vinho

Sobre a mesa e uma toalha

Branca com bela mancha

Avermelhada, como não beber

Da bebida dos Deuses,

Degustando vagarosamente

Cada afrodisíaco gole...

Lembro-me que na segunda

Garrafa eu já entrei no clima.

Nós Subimos desregradamente

Famintos, mesmo tendo

Jantado, cada um com mais

Uma garrafa de vinho e nos

Entregamos ao outro,

Com pausas apenas pra troca

De camisinhas, juramos amor

Mesmos não nos amando.

A chuva cessou no outro dia

Bem cedo da manhã e não

Sei se foi devido a chuva

Que carregou a aventura

Ou se foram as palavras

Do meu marido afirmando

De eu ter optado por dormir no

Hotel foi a melhor coisa que já fiz.

Busquei com isso, não me

Culpar e sim guardar aquele

Momento delicioso no pensamento

Ao pedir pra que a Júlia o transformasse

Em conto poesia principalmente depois

Dos rasgados elogios do meu esposo

Ao meu corpo, depois de meses

De omissão, afirmando que tou gostosa.

Vi que realmente acertei em ter passado

A noite, meio que acordada longe de casa.

(Risos)

Juliaguedes2021@yahoo.com

Jujulia
Enviado por Jujulia em 27/02/2024
Reeditado em 13/08/2024
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