OBSESSÃO DE VULVA

Quando o sexo aleatório vira obsessão

Leva milhares a inconsciente escravidão

Transar torna uma necessidade patológica

Quando a vulva lhe retorna carência tóxica

Chega passar mal quando se demora copular

A triste condição de uma dependência pra gozar

Depois de satisfeito, o bizarro é nunca está saciado

Já começa imaginar próxima, pra o ganso ser afogado

E dentro desse hábito angustiante contumaz

Quem atravessar seu caminho será fugaz

Totalmente perdido sem porto seguro

Vive a deriva do instinto imaturo

Até criou-se bela nomenclatura, o ALFA

Legitimando concupiscência para tal malta

Dificilmente a pessoa desperta da submissão

Imagina sair pegando tudo é apenas hiper tesão

E aleatório seu instinto segue fixado galopando

Pescando o consumo externo para ir continuando

Até pode ocorrer repetição da genitália para reboque

Muito provavelmente por falta de não repor seu estoque

Pois quem vive refém do seu cego e dominante falo

Dificilmente faz autorretrato como Frida Khalo

Permanece ali zumbi de sua própria avidez

Um predador da indomável estupidez

Como arrefecer ímpeto natural

Sabendo até onde liberar o corporal

Sem viver apenas resumido pelo instinto

Se depois o vazio é mais amargo que absinto

FERNANDO ARÁBIA
Enviado por FERNANDO ARÁBIA em 03/01/2024
Reeditado em 14/01/2024
Código do texto: T7968163
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.