Parei de escrever quando me beijaste
Bebo-te rosa! Corpo e alma doce perfume
beijo os pensamentos entre seios expelidos
sou silfo em corpo de anjo onde somos lume
dos Célticos gritos escritos na surdez dos gemidos…
Saltarilhei nos abraços recíprocos da nudez
carecido de chão meu desejo se te ajoelha
banqueteando-se do néctar casto de sisudez
de quem bebe oculto lábios cor de groselha…
Oh silêncio não mintas! Só existes no surreal
dos beijos que amaram bocas selvagens e infinitas
e mesmo assim és profano, sedutor e leal
nos duetos com o prazer…não me mintas…
Desorganizadores lábios cor de púrpura viva
perturbam-me as insônias profanas…quero mais!
libidinosas as palavras fazem-te instintivamente lasciva
e as páginas não são desfolhadas jamais…