IMERSOS
Na quentura de nossos corpos em fricção
Nos beijos de amor tão sugados
Nas roupas esparramadas pelo chão
Nos instintos todos tão aflorados
Na delícia dos teus seios na minha boca
Na volúpia de um prazer tão desvairado
Nos gemidos da tua voz assim tão rouca
No arremeter de tuas ancas em rebolado
Na insanidade de nós tão entranhados
Na luxúria que nos envolve tão latente
Na lascívia dos corpos lambuzados
Nos gozos a escorrem tão quentes
Na breve pausa que logo se interrompe
Nesse desejo tão recíproco na gente
Nesse mútuo querer que tudo rompe
Em minha alma da sua tão carente.