Afrodisíaco
Ninguém,
Nenhum homem contou-me,
Não ouvi dizeres
Sobre os seus prazeres.
Me atiço loucamente à sua negritude,
Me embalo na imaginação,
desta sua beleza,
Que é herdada em todas as nações,
Viventes e mortas,
Passadas e presentes,
Antigos e modernos povos.
Ao norte do universo,
Ao centro dos polos,
Ao correr dos rios
E no respirar das almas.
Há sensibilidade na sua cor,
O aroma da sua flor,
O doce do seu fruto,
É enigmático o toque do seu abraço.