NUA
Conclusão colocada afora,
eis que disposta a regalia (uma bela mulher),
dispôs ao luar, diáfana e despojada,
o seu encanto artístico nu (pra quem lhe convier).
E de tal forma resgatada liberdade em segredo,
enfrentando na medida seu medo,
amou um pouco entre sonhos (a poesia, talvez),
sem muito se expor,
pudicamente a sua lúdica nudez.
Casta em verdade (mesmo em sofisma)
segura auto se afirma, pois intimamente sorriu.
E sua nua-nudez, in sensual formosura
- exceto ao espelho visto à conselho -
ninguém outrora lhe
o, pequeno gracejo.
De lado olhou que viu
Sem compartido pecado, respirou o desejo e curtiu,
mas... fechou as cortinas. Num dado recaduem ficou.
Inda sem roupas (nua), foi-se, partiu.
By: Antonio Jadel