Angelina Ramos (Avó)
Angelina, nega preta da favela
Uma cor que não se enodoa
Um amor que não se doa
É a mais bela flor
Angelina, uma esbelta menina
Quando desce a colina
Enche os olhos do Bigode
Alcunha de Senhor
Angelina de ventre lindo e liberto
Deu a luz a um arquiteto
E se foi pois depois
Pros braços do criador
Angelina, minha doce heroína
Guardo sua imagem monocroma
A me imaginar em seu tempo
Tantas vezes a te beijar