Sopro
Minha amada,
nesse nosso prazer tão lúcido
soprarei em teus ouvidos
palavras incontáveis
de amor e vícios
Contra a solidão lancei lúgubre dardo
Morra, coisa insana
Irmã do vazio
Filha do nada
Por que então por Deus , foste criada?
Abracemo-nos em total brasa
Lá fora dá-se o frio
Noite e lua amargam-se
Não importa, eu e tu somos um todo
Desejo, prazer e gozo