A dama de preto
Parecia que os paralelepípedos de minha rua
Era uma passarela, por onde ela desfilava
Vestida de preto, elegante, seu sorriso cintilava
E o sol expandiu seu brilho pra vê-la passar
As flores dos quintais desabrocharam de repente
Foi evolando no caminho um perfume inebriante
Quão inesquecível o doce balanço daquela musa
Apesar da pressa, acenou-me com um sorriso
Ah, essa dama de preto é a razão de meu riso.