GOZO

Há quanto tempo não a imaginava

Tinha fé que a enterrara

Jurei que nunca mais falava

Das minhas linhas a expulsara

Aaah, como eu me enganava

Sim, eu a enterrava

A sepultava na minha alma

Quando menos esperava lá estava

No anoitecer em mim germinava

Enquanto dormia, a imaginação a vivia

Na consumação do meu desejo aparecia

Na ausência, em devaneio me desaguava