COM SENTIMENTO

O eufemismo da euforia

A descompostura dos lábios

Retrata para o algoz a alforria

Condescendente ao prólogo tátil

O solo depõe as vestes

Ante o reverbério patente

Debela o fustigado estresse

Meramente no pouso silente

O fulgor transcende os olhos

Mediante o reluzir complacente

E os sussurros denotam o espólio

E perfaz a jactância proeminente

Emaranhado é o fisgo

Ensandecido na abrasão

Na elucubração o silogismo

Agreste e incômodo para razão

Abnego do meu ego

Para em doação debelar

Corroborando que um elo

É forjado agora é não acolá

Sinto o gosto do mar

No ressudo do orvalho

E a maré tende nos levar

Neste afã para os lacaios

E através do contato

Interpreto seu refrigério

Execrando o regozijo parco

E cúmplice de deleite sincero

A alma compele

Do corpo exausto

A medida que a verve

Exala o pudor ora incauto

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 04/12/2022
Reeditado em 04/12/2022
Código do texto: T7664677
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