Corte das Raposas
No alto escalão,
estavam em robes,
púrpuras,
de vestes em veludo e linho.
Passavam as lições,
dos reis,
magos,
e altos conselheiros.
E agora vou te passar.
Na corte de raposas,
tu aprenderas os mistérios,
afrodisiacos e dioniasicos.
Tu deves ser alma bela,
sem forma,
movido pela arte,
como artesão deves ser.
Cria, recria,
destrói, reconstroi,
na magnífica cria,
da sedução e do prazer.
Raposa que muda,
dá a forma,
transforma,
e no prazer faz transcender.
Conquista na batalha,
vence na cama,
com os lábios produz mel,
que vicia até o céu.
Como arqueiro,
mira!
A paz da mente,
tu tira.
Eleva o prazer,
como pimenta na comida,
faz querer mais e mais,
e o indivíduo se perder.
Oferece maravilhas,
e as cumpre,
e cria o costume,
conquista.
Na cama,
aonde teu amante você ver.
De dia e de noite,
até os dias passarem.
E os olhos,
de teu amante,
só ter olhos,
para você.