Corte das Raposas

No alto escalão,

estavam em robes,

púrpuras,

de vestes em veludo e linho.

Passavam as lições,

dos reis,

magos,

e altos conselheiros.

E agora vou te passar.

Na corte de raposas,

tu aprenderas os mistérios,

afrodisiacos e dioniasicos.

Tu deves ser alma bela,

sem forma,

movido pela arte,

como artesão deves ser.

Cria, recria,

destrói, reconstroi,

na magnífica cria,

da sedução e do prazer.

Raposa que muda,

dá a forma,

transforma,

e no prazer faz transcender.

Conquista na batalha,

vence na cama,

com os lábios produz mel,

que vicia até o céu.

Como arqueiro,

mira!

A paz da mente,

tu tira.

Eleva o prazer,

como pimenta na comida,

faz querer mais e mais,

e o indivíduo se perder.

Oferece maravilhas,

e as cumpre,

e cria o costume,

conquista.

Na cama,

aonde teu amante você ver.

De dia e de noite,

até os dias passarem.

E os olhos,

de teu amante,

só ter olhos,

para você.

Zosma Virgílio
Enviado por Zosma Virgílio em 26/08/2022
Código do texto: T7591724
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