O Evangelho das Raposas

Passado por seu pais,

lupinos,

sendo eles,

Afrodite e Dioniso.

A eles foi ensinado,

o caminho,

do visível,

e do invisível.

Do maleável,

e do vazio,

do correr,

no mundo onírico.

De ser tudo,

e ser nada,

de como ser,

o que quiser ser.

Como a terra,

como o fogo,

como a ar,

e a água.

De mergulhar no abismo,

e não mudar nada.

De olhar o abismo,

e dele tirar a massa.

A massa de modelar,

aonde o nihilo,

tenta com força,

se consolidar.

De ter os poderes,

dos mistérios,

sexuais,

e deles triunfar.

O poder de usar todos os venenos,

e não se envenenar.

O poder de usar todas as drogas,

e não se drogar.

O poder da sedução,

de Afrodite.

O poder do amor,

e de ensinar há amar.

O poder de Dioníso,

de encontrar,

o frenesi divino,

o com o Olimpo comungar.

É hermético,

magistico,

uma espada sagrada,

um cálice divino.

Aonde brota,

aonde forma,

destrói,

reconforta.

Sobre muitos,

sobre mundos,

o poder de dominar,

como um grande arquiteto.

Com o poder da argila,

criar,

moldar,

e formular.

As raposas saem a noite,

entre as chamas,

das mais fortes,

há mais brandas.

O mundo conquistar,

destruir o antigo,

e com força do abismo,

um novo criar.

Zosma Virgílio
Enviado por Zosma Virgílio em 20/08/2022
Código do texto: T7586757
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