Metades
Eu vou cortar a laranja
Que escorre sumo na boca
Embaixo sua carne louca
Ainda vai ser uma coisa
A coisa vai correr de medo
De ser partida ao meio
De ver do seu corpo um seio
Exposto também o receio
Então vou corar sanguessuga
A ruga que encontro nas coxas
Fazer o que faz sobrecoxa
E perambular essa moça
Que aviso nenhum teve febre
Não tenho um dito que mele
Termômetro que vermelho
Vai fazer de mim conselho
Que segue caminho devasso
Como o dentro que não faço
Que sobrevive ao centro comido
Rasgado o selo de aço